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Pingente Rosa dos Ventos

Origem P017P007
Peso 10 g
Material Prata, Prata 925 com Banho de Ouro 18k
Lápis Azul

A Rosa dos Ventos apareceu nas cartas e mapas a partir do século XIV e era usada para indicar as direções dos ventos.

No entanto, buscar orientação através dos rumos ou das direções dos ventos têm origem na antiguidade. Na Grécia a marcação começou com dois, quatro, oito e doze rumos. No início do séc. XVI surgem já 16 rumos e na época do Infante D.Henrique já se usavam rosas-dos-ventos com 32 rumos. Primeiramente o rumo era associado à direção do vento e só mais tarde aos pontos cardeais.

 

Na Idade Média, os ventos geralmente tinham nomes iguais aos dos locais do mediterrâneo de onde eles sopravam. Em italiano, como usados nas Rosas dos Ventos antigas eles têm os seguintes nomes: Tramontana = N (vento que sopra do Norte e tem esse nome porque é assim que se chamava a Estrela Polar naquela época – daí a expressão “perder a Tramontana”), Greco = NE (vento que sopra da Grécia), Levante = E (vento quente e seco que sopra de Leste no Mediterrâneo e se faz sentir no Algarve principalmente durante o verão), Siroco = SE (vento quente, asfixiante e empoeirado de Sudeste que sopra na região do Mediterrâneo, especialmente na Itália, Sicília, Malta e Grécia. Vindo do Norte de África, com origem no deserto do Saara, aparece durante a Primavera e Verão), Ostro = S (o vento do Sul), Africus = SW (vento que vem da África), Ponente = W (vento suave e fresco de Oeste) e Maestro = NW (vento do quadrante de Noroeste).
O Norte era indicado inicialmente pela letra T (Tramontana) que depois foi substituída pela Flor-de-Lis. A tradição de decorar o Norte com a Flor-de-Lis tem origem nas armas da família Anjou que reinava em Nápoles e adotou esse como seu símbolo. O Leste era indicado inicialmente pela letra L (Levante) e depois também por uma Cruz-de-Malta porque essa direção tinha significado místico: indicava o Paraíso (acreditava-se que estava no Oriente) ou Jerusalém.

Tradicionalmente, o disco da Rosa dos Ventos tinha no centro um capitel com um cavado cônico com uma pedra encastoada (rubi, safira, diamante, etc.) onde se assentava uma haste vertical que aponta os rumos. No círculo externo eram colocadas as palavras Occasus (pôr do sol), Septemtrio (norte), Ortus (nascimento, surgimento) e Meridies (meio-dia), indicando os quatro pontos cardeais.

 

A Rosa dos Ventos tem uma longa história e desempenhou um importante papel nos primórdios das navegações marinhas, precedendo a bússola como um indicador das direções de navegação.  A Rosa dos Ventos permitia aos navegadores determinar não apenas a direção geral com relação ao norte, mas também o acompanhamento freqüente do curso e a determinação da posição com o auxílio de pontos de referência em terra. Guiados por ela os grandes navegadores europeus ousaram aventurar-se mais longe, o que culminou com a descoberta do novo mundo no final do século XV.

 

Não existe uma padronização para desenhar a Rosa dos Ventos, de forma que cada Casa de Cartografia produzia sua própria estilização. A jóia foi baseada no desenho de uma antiga Rosa dos Ventos desenhada por Fabrizio Padovani em 1601 e a imagem retirada de Treasures of the NOAA Library Collection.